domingo, 3 de agosto de 2008

PLANEJAMENTO E O MÉTODO VER, JULGAR, AGIR

OS PASSOS
Eis os passos para fazer um planejamento participativo:

O PLANEJAMENTO
A primeira preocupação será a de motivar a comunidade. O planejamento não é idéia e ação de uma ou mais pessoas, mas de toda uma comunidade que sente a necessidade de planejar a ação pastoral. É fundamental a presença de uma boa coordenação que procure harmonizar e fazer acontecer o processo, sem andar na frente e fazer pelos outros.

A preparação do grupo é importante (capacitação metodológica). É preciso ajudar as pessoas a se prepararem para que possam se sentir sujeitos do processo. A constituição de alguns organismos facilita muito a caminhada. Lembremos, por exemplo, de organismos como as Assembléias, os Conselhos de Pastoral, as equipes de serviço, etc.
Mesmo que o planejamento seja um processo contínuo, ele possui os seus tempos. É importante haver, ao menos como base, um prazo definido para começar e terminar. A coordenação do planejamento pastoral deve registrar por escrito todos os passos realizados. O resultado final desse trabalho será praticamente o Plano de Pastoral.

B. VER A REALIDADE
Jamais se começa uma ação pastoral ou um planejamento do zero. É preciso conhecer adequadamente a realidade a ser evangelizada. Nessa realidade já encontraremos muitos sinais da ação de Deus. Ver a realidade significa buscar conhecer a sociedade e a Igreja que realmente temos. Com isso, vamos construindo um “marco da realidade”.
É preciso ver a realidade com o olhar de Deus, um olhar que tem como objetivo a Salvação, ou seja, a transformação da realidade. A caridade pastoral direcionará este olhar. Será muito útil definir alguns enfoques de análise como, por exemplo, analisar a realidade da sociedade e da Igreja; analisar aspectos que formam a realidade como, por exemplo, aspectos pessoais, sociais, políticos, econômicos, religiosos, experiências anteriores, interferências externas, etc.

C. JULGAR E ILUMINAR A REALIDADE
É o momento de refletir sobre a sociedade e a Igreja que queremos (construção de um “marco doutrinal”). Julga-se a realidade com os olhos de Deus, tendo como base a Palavra de Deus, a Tradição da Igreja, os valores da nossa Fé, etc.
Compara-se a realidade vista no momento anterior com as idéias e valores do Reino. Tudo isto nos ajuda a discernir os desafios da nossa ação evangelizadora (que podem ser considerados tanto como oportunidades, ameaças ou apelos), relacionar as urgências e prioridades e determinar o que queremos fazer.

D. FIXAR O OBJETIVO GERAL
Do encontro entre o que temos (marco da realidade) e o que queremos ter (marco doutrinal), nasce o objetivo geral, elemento integrador de toda a atividade pastoral. O objetivo geral deve ser elaborado em sintonia com as diretrizes da ação evangelizadora da Igreja no Brasil, do Regional, da nossa Diocese, da Paróquia, etc.

E. AGIR NA REALIDADE
É o momento de selecionar e programar as atividades. Esta programação deve ser caracterizada pela unidade, criatividade, visibilidade e objetividade. A escolha de prioridades deve sempre estar em harmonia com o objetivo geral. É importante, neste momento, reforçar e criar estruturas e espaços que garantam a possibilidade de se realizar aquilo que se está programando.
Da mesma forma é precisodefinir as responsabilidades a serem assumidas. Nesse momento, temos praticamente pronto o Plano de Pastoral. Este plano deve ter um prazo de vigência e ser muito bem divulgado para toda a comunidade.

F. AVALIAR O PLANEJAMENTO
O processo de planejamento é contínuo, e contínua deve ser também a avaliação. Todas as etapas do processo de planejamento devem ser avaliadas. Mas, uma vez definido e colocado em prática o plano de pastoral, é preciso definir momentos específicos para a avaliação do próprio plano. É fundamental uma atitude de abertura às críticas, sugestões, etc.

G. RETOMAR O PLANEJAMENTO
É o que garante que o planejamento pastoral se torne verdadeiramente um processo contínuo e nãosomente um momento da vida de uma comunidade, de uma pastoral ou de um movimento eclesial. Ao retomar o planejamento, já estaremos começando a preparar um futuro plano.

PARA REFLETIR
1. O que podem significar, para você, afirmações como estas:
“mais importante que os resultados futuros de um planejamento pastoral, é o próprio processo de planejamento”;
“no planejar já se está evangelizando e se evangelizando”;
“o planejamento reflete a Igreja que somos e ao mesmo tempo edifica a Igreja que devemos e podemos ser”.


FONTE: JORNAL MISSÃO JOVEM
http://www.pime.org.br/missaojovem/mjigrejabrasilproposta.htm

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